Confesso que ao longo da minha vida acadêmica eu tenha tido uma certa aptidão com o mundo dos números, cálculos e fórmulas. O que transfigurou totalmente nesses últimos anos de ensino médio. Anos que tem se arrastado com uma lentidão, com uma perspicácia que parece cada vez mais distante O Dia da Libertação.
Nesses últimos anos descobri uma paixão já escancarada antes, só que imperceptível, com o mundo dos livros, da literatura e da prosa. E me descobri escrevendo crônicas, relatando a vida urbana com um ambiente frio e calculista. Onde as composições de Ludovico Einaudi se encaixassem perfeitamente com borboletas no estômago.
A adrenalina contida neste cenário tem sido cada vez mais palpável. São mais de 500 anos de correria, hormônios, emoções e questionamentos fluindo num ambiente só. E observando do ângulo onde estou, uma respiração profunda - e desconfortável devido à poluição - é o suficiente para perceber todas as expressões caóticas existentes nesse espaço.
Registrando tudo isso na fórmula silenciosa, sensível e detalhista, a vida urbana de repente não parece tão complexa. Ela é desmistificada tão rapidamente que as palavras simplesmente se entregam ao espaço em branco. E sua facilidade de perceção tambem nos envolve complexamente.
Paradoxais, são as conclusões sobre a vida urbana gravada em lentes de diretores de cinema como Anna Muylaert, Walter Salles entre outros. Cenas lentas, silenciosas, câmeras localizadas estrategicamente para exploração da cena.
E coisas simples e tranquilas como lençóis brancos, cafés e papéis se tornam protagonistas de vidas solitárias, agitadas, ansiosas, ofegantes. Protagonistas de um mundo de luzes, sons, imagens, e sendo parte de todo um contexto audiovisual que não cabe a mim a imensidão e o privilégio de registrá-lo por inteiro, mas cabe em detalhes.
Que lindo. Também amo muito ler e escrever, e sempre que posso recheio mais minha biblioteca. Bjo!
ResponderExcluirwww.pandapixels.com.br
oie, fico feliz por ter gostado, volte sempre <3
Excluirvocê tem alma do poeta polifônico (que assim carinhosamente foi apelidado) do nosso baiano Wally Salomão - não sei se já ouviu falar mas aconselho que dê uma lida em sua bibliografia - aliás, meu curso de artes tem muita gente que segue a mesma linha de raciocínio seu! voce faria sucesso aqui :D
ResponderExcluirWally Salomão, vou pesquisar. Adorei esse negócio de poeta polifônico, vou ler muito sobre <3 Não fazia a mínima ideia que tem nome pra isso hahaha
ExcluirGratidão pelo seu comentário, volte sempre :3
Adoro ler textos leves e "urbanos" assim. Não me imagino morando em outro lugar não sendo a cidade, corrida, movimentada e poluída.
ResponderExcluirOlá. Muitíssimo obrigada pelo seu comentário, volte sempre por aqui :3
ExcluirQue post legal, sua forma de escreve e falar, ainda na escolha da fotografia que esta muito bonita. Esta parte que você falou foi uma das que mais me chamou atenção "A adrenalina contida neste cenário tem sido cada vez mais palpável. São mais de 500 anos de correria, hormônios, emoções e questionamentos fluindo num ambiente só. " Beijos
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